ATA DA TRIGÉSIMA OITAVA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGIS­LATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 27.11.1990.

 


Aos vinte e sete dias do mês de novembro do ano de mil novecentos e noventa reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Oitava Sessão Solene da Segunda Sessão Legislativa Ordinária da Décima Legislatura, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Jornalista Ana Amélia de Lemos, concedido através da Lei 6696. Às dezessete horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de "quorum", o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou aos Líderes de Bancada que conduzissem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a MESA: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câ­mara Municipal de Porto Alegre; Bacharel Sinval Guazzelli, Governador do Estado; Deputado Estadual Gleno Scherer, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado; Dr. Tarso Genro, representando o Prefeito Municipal; Deputado Federal Ibsen Pinheiro; Jornalista José Vieira Antonio da Cunha, Secretário Especial de Comunicação Social; Dr. Paulo Moysés Andrade, Prefeito do Município de Lagoa Vermelha, RS; Jornalista Fernando E. Correa, Vice-Presidente da Rede Brasil Sul de Comunicações; Jornalista Enio Rockenbach, Vice-Presidente da Associação Riograndense de Imprensa; Jornalista Ana Amélia de Lemos, Homenageada; Dr. Octávio Cardoso, Esposo da Homenageada; Senhora Celene Daros de Lemos, Progenitora da homenageada; Ver. Luiz Braz, autor da Homenagem e, na ocasião, Secretário "ad hoc". Em continuidade, o Sr. Presidente pronunciou-se acerca da solenidade, comentando o trabalho jornalístico sério e responsável que vem sendo desenvolvido pela Homenageada, e concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Ver. Vicente Dutra, em nome das Bancadas do PDS e do PSB, destacou a dedicação ao trabalho ­jornalístico, verificada na atuação profissional de Ana Amélia de Lemos, dizendo que a qualidade de seu trabalho a tem distinguido, bem como ao jornalismo gaúcho, em nível nacional. Atentou, ainda, para a "transparência política da linha jornalística que professa" S. Sª. A Verª Letícia Arruda, em nome da Bancada do PDT, salientou o "dinamismo da mulher rio-grandense" e o profissionalismo de qualidade da Jornalista Ana Amélia de Lemos, discorrendo sobre os passos profissionais por ela seguidos. Lembrou tratar-se S. Sª da "Embaixadora do Rio Grande do Sul em Brasília". O Ver. Airto Ferronato, em nome da Bancada do PMDB, congratulou-se com o Ver. Luiz Braz pela iniciativa de homenagear a Senhora Ana Amélia de Lemos e ressaltou o ta­lento e credibilidade com que a Homenageada desempenha suas funções na área jornalística. Parabenizou-a por sua postura profissional. O Ver. Artur Zanella, em nome da Bancada do PFL, destacou o prestígio que norteia o trabalho da Jornalista Ana Amélia de Lemos, asseverando tratar-se de um reconhecimento em nível nacional. Falou do orgulho que a Homenageada representa para este Estado. O Ver. Luiz Braz, em nome das Bancadas do PTB, PT, PCB e PL, discorreu sobre o ofício dos jornalistas, destacando o compromisso da Homenageada com o jornalismo sério e com a informação forjada na verdade e sua dedicação ao jornalismo econômico, e salientando o significado do trabalho de S. Sª para o Estado do Rio Grande do Sul. Disse ser ela hoje diretora da sucursal da RBS em Brasília e defensora dos interesses do Estado na Capital brasileira. Após, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Dr. Tarso Genro, que discorreu sobre o reconhecimento e o respeito que o Poder Público ora efetua à trajetória jornalística de Ana Amélia de Lemos, dizendo ser ela marcada pela dignidade, probidade e prolo alto grau de profissionalismo da Homenageada. Em continuidade, o Sr. Presidente convida os Senhores Tarso Genro e Luiz Braz a procederem à entrega, respectivamente, da Medalha e do Diploma relativos ao Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre à jornalista Ana Amélia de Lemos, e concede a palavra à Homenageada, que agradece o Título ora recebido. Após, o Sr. Presidente convida a Verª Letícia Arruda e a Presidente da OAB, Srª Cléia Carpi da Rocha, a procederem à entrega de flores à Jornalista homenageada, e concede a palavra ao Governador ­Sinval Guazelli, que discorreu sobre os inestimáveis serviços prestados pela Jornalista Ana Amélia de Lemos à comunidade gaúcha, através do alto grau de profissionalismo que sempre marcou a atuação de S. Sª. Às dezoito horas e trinta minutos, o Sr. Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, levantou os trabalhos às dezoito horas e trinta minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Valdir Fraga e secretariados pelo Ver Luiz Braz, Secretário "ad hoc". Do que eu, Luiz Braz, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1º Secretário.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Valdir Fraga): Damos por abertos os trabalhos da presente Sessão Solene.

Iniciamos esta Sessão Solene destinada à entrega do título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Jornalista Ana Amélia de Lemos, que neste momento está sendo conduzida à Mesa.

 

(A Jornalista Ana Amélia de Lemos é conduzida até a Mesa.) (Palmas.)

 

Observação:

- Nota do Revisor: não há a parte inicial do pronunciamento do Ver. Valdir Fraga nos apanhados taquigráficos.

 

O SR. PRESIDENTE: Hoje, pela manhã, eu lembrava do tempo do Repórter Esso, em que era jornalista o nosso querido Ver. Lauro Hagemann. Quando tocava a música para o Repórter Esso, a gente já perguntava: o que será que vem por aí? Com a Ana Amélia acontece algo semelhante. Quando ela aparece no vídeo, ficamos mais atentos: qual será a notícia, nacional ou internacional? Por isso é uma honra muito grande recebê-la, hoje, aqui. É um prazer imenso, para nós do Legislativo, para o Governo do Estado, representado pelo nosso Governador Sinval Guazzelli e para o Executivo Municipal, na pessoa do nosso Vice-Prefeito, Tarso Genro.

Com a palavra o Ver. Vicente Dutra.

 

O SR. VICENTE DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores, senhoras e Jornalista Ana Amélia de Lemos, homenageada. Na verdade, quem deveria estar aqui, agora, neste microfone, falando em nome da Bancada do PDS e do PSB, Ver. Omar Ferri, era o ilustre Ver. João Antonio Dib que envidou todos os esforços para estar aqui, mas por problemas de saúde e por recomendação médica ele teve que se ausentar, passando a este modesto Vereador a incumbência tão honrosa.

Representando o meu partido e o PSB, em solenidade de homenagem à Ana Amélia Lemos, é uma honra, e me orgulho da indicação que recebi, como também de ser conterrâneo desta eminente e talentosa profissional da imprensa. Hoje, longe de sua Estância Velha, em Lagoa Vermelha, longe do nosso Rio Grande, é verdade, mas mais do que nunca ao seu serviço, porque é a serviço da verdade e do livre fluxo de informação que ela desempenha suas funções. Ana Amélia de Lemos tem sido uma fiel orientadora para todos quantos, diariamente, têm o bom hábito de acompanhar o seu trabalho através da Rádio Gaúcha e do Jornal Zero Hora.

De concepções absolutas na prática do jornalismo, Ana Amélia tem sido, antes de tudo, isenta, imparcial, acrescentando ao conjunto do jornalismo rio-grandense um toque pessoal de qualidade que acabou por se distinguir em todo o País. A par do cumprimento que dirijo à providencial iniciativa de homenageá-la, o que já se constituía numa dívida de Porto Alegre, resgatada pela iniciativa do Ver. Luiz Braz, eu quero cumprimentar, também, os seus colegas de profissão que têm o privilégio de conviver com Ana Amélia, com a sua capacidade, talento e competência. E a ti, Ana Amélia, o reconhecimento da Bancada do PDS e do PSB em razão da tua contribuição ao desenvolvimento político e à transparência da tua conduta jornalística. E a caracterização da tua coluna um verdadeiro respiradouro social de que se reveste. Só tu, Ana Amélia, consegue reunir, nesta Casa, nesta tarde, tantas autoridades, tantos amigos vindos de tão diversas fontes e que aqui se encontram.

Esta Casa, realmente, hoje, passa por um grande momento, graças à convergência em torno da tua pessoa. Que continues a servir o Rio Grande naquele posto avançado da nossa combalida República, porque a tua presença é, também, a garantia de que o Rio Grande tem uma observadora de fatos políticos do mais alto nível. E isto é bom para o nosso Estado. É útil à nossa gente. Que Deus te ajude. Sou grato. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra a Verª Letícia Arruda, que falará em nome do seu Partido, o PDT.

 

A SRA. LETÍCIA ARRUDA: Sr. Presidente, Ver. Valdir Fraga, Srs. Vereadores, senhoras, senhores, Jornalista Ana Amélia de Lemos, nossa homenageada. (Lê.)

“Falo em nome da Bancada do Partido Democrático Trabalhista, com representação nesta Câmara. Neste espaço de tempo, uma vez mais na história desta Casa, realiza-se uma Sessão Solene em protesto de veneração e respeito a uma jornalista, o que bem demonstra a preocupação da Câmara Municipal de Porto Alegre com as coisas da comunicação e da informação, traduzidas na figura de Ana Amélia de Lemos.

A mulher rio-grandense tem demonstrado ao longo da história seu dinamismo, seu vigor, sua pujança, partilhando seu trabalho com a comunidade. Desta maneira tem sido pautada a vida da jornalista Ana Amélia. Habituei-me vê-la diariamente no programa jornalístico noturno da TV Difusora - Câmara 10 - que reunia excelentes profissionais da comunicação, entre eles a homenageada. Sua figura foi sempre notada no vídeo e, em 1977, transferiu-se para a RBS, continuando com seu trabalho no programa Panorama Econômico, complementado por sua coluna diária no Jornal Zero Hora. Pelo seu ótimo desempenho nos veículos de comunicação aludidos, Ana Amélia passa, em 1979, a desenvolver suas atividades na Capital do Distrito Federal, continuando a manter seu contato diário com seus fiéis leitores, agora na Editoria Política do Jornal Zero Hora em funções diretivas e também nos comentários na Rádio Gaúcha sempre atualizados com informações das notícias mais recentes da seara política de Brasília, que é o pólo das atenções de todos os brasileiros.

Ana Amélia ostenta, com muita propriedade, o título de Embaixadora do Rio Grande do Sul na Capital Federal, pelo seu empenho na contribuição de apoio imparcial, na defesa de assuntos de interesses rio-grandenses.

Em todos estes anos, a comunicadora Ana Amélia de Lemos tem sido detentora de uma conduta ilibada, razão pela qual é merecedora do título que lhe é agraciado, de Cidadã de Porto Alegre, título este que será aditado às outras honrarias que lhe foram concedidas em sua vida profissional até o presente momento e que, tenho absoluta certeza, muitas advirão.

Ana Amélia, o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre que V. Sª recebe, nesta data, é merecido, pois é depositária de um belo estilo de trabalho no desenvolvimento da informação clara e consentânea, ao longo dos anos, nos diversos veículos de comunicação.

Receba, pois, do povo da Cidade de Porto Alegre, através de seus representantes, a justa homenagem. Ana Amélia, a mais nova Cidadã de Porto Alegre! Muito obrigada”.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Airto Ferronato pelo PMDB.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente Valdir Fraga, Srs. Vereadores, Srª Homenageada Ana Amélia de Lemos.

Em nome da Bancada do PMDB, juntamente com meu colega Clóvis Brum, gostaria, inicialmente, de cumprimentar o Ver. Luiz Braz pela proposição de conceder o título de Cidadã Emérita de Porto Alegre à Jornalista Ana Amélia de Lemos. Nada mais justa e oportuna esta homenagem por tudo o que tem feito nos meios de comunicação - principalmente onde se encontra atualmente dirigindo a Sucursal da Rede Brasil Sul de Comunicações, em Brasília - constituindo-se numa defensora intransigente das causas da Capital e do Rio Grande do Sul.

Com a simplicidade que caracteriza as pessoas do interior, Ana Amélia de Lemos, de Lagoa Vermelha, veio, viu e venceu em Porto Alegre. E hoje, em Brasília, tem o respeito das principais autoridades do País, o que, evidentemente, não constitui surpresa para os que acompanham sua carreira. Acredito que esta homenagem é o reconhecimento ao talento de quem se impôs, fundamentada na coluna mestra que rege os meios de comunicação, a credibilidade. E credibilidade não se impõe ou se compra, se conquista com trabalho sério e criterioso.

A atividade jornalística não pode ser dissociada de um caráter quase sacerdotal; revestida de ideais, tendo na sua essência a consciência de servir a comunidade, mesmo que custe, às vezes, as maiores incompreensões. Assim é Ana Amélia de Lemos, sempre teve a coragem da crítica.

No elogio ao talento de Ana Amélia de Lemos, permitimo-nos fazer um misto de alerta com reflexão. A consolidação da nossa democracia passa, inegavelmente, pela plena liberdade dos meios de comunicação. Por isso vemos com indignação e apreensão a iniciativa do Ministério da Justiça em ressuscitar a censura, na argumentação fácil da roupagem da defesa da moral e dos bons costumes. Censurar uma cena supostamente exagerada em sua dosagem de erotismo pode representar o início de atitudes mais concretas contra a liberdade de expressão e a favor de pressões para tentar intimidar jornais e jornalistas, principalmente aqueles que não agradem aos responsáveis pelo Poder. Quando lembramos estas posições, retrógradas e antidemocráticas, pretendemos alertar à opinião pública de que a adoção deste tipo de legislação pode atingir, inclusive, os jornalistas que informam com independência e isenção e que criticam de forma consciente. E, neste caso, se enquadra perfeitamente nossa Homenageada.

Tememos que no futuro, por exemplo, um comentário de Ana Amélia de Lemos, nos veículos da RBS, tenha que passar pelo crivo de um censor burocrata, com critérios subjetivos que não correspondam aos interesses maiores da população.

É importante salientar, no entanto, que nossos legisladores souberam interpretar essa vocação democrática fazendo constar no art. 5º, inciso IX, da nossa Constituição: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".

Senhor Presidente, Senhores Vereadores, familiares, colegas e amigos de Ana Amélia de Lemos. Esta é uma homenagem que se estende, também, a toda a Rede Brasil Sul de Comunicações, que pela visão de Maurício Sirotsky Sobrinho se tornou uma organização respeitável em todo o País, pela qualidade de seus serviços e pela qualificação de seus profissionais. Ao destacarmos a jornalista Ana Amélia de Lemos, homenageamos a toda a família da RBS, desde seu Presidente Jayme Sirotsky até o mais simples dos funcionários.

Quanto à Ana Amélia Lemos, pode levar desta Casa a absoluta convicção que os representantes do povo de Porto Alegre estão lhe fazendo justiça pelo conjunto de seu trabalho, iniciado no Jornal do Comércio, passando pelo Correio da Manhã, Rádio e TV Difusora, Revista Visão, chegando a partir de 1977 aos órgãos da RBS.

Enfim, desejamos a Ana Amélia de Lemos que esta homenagem, mais do que o reconhecimento à sua postura profissional, sirva de um incentivo a mais para que continue exercendo suas atividades como sempre tem feito: com inteligência, correção, consciência, senso crítico e independência. Com esta sua forma de atuar, continuará prestando a maior colaboração para o fortalecimento das nossas instituições democráticas e contribuirá para que o Brasil chegue ao desenvolvimento com justiça social, objetivo perseguido por todos nós, independente de diferenças políticas partidárias. Felicidades. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Artur Zanella, que fala pela sua Bancada, o PFL.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Ver. Valdir Fraga, senhores, Jornalista Ana Amélia de Lemos, nossa homenageada.

O tempo que se prevê para um discurso, numa solenidade como esta, poderia ser consumido todo ele só na citação das pessoas que aqui estão. Temo ter feito inúmeras injustiças ao não citar tantos amigos aqui da Casa, mas creio que as pessoas que não foram citadas por mim me desculparão, porque hoje está aqui o Rio Grande do Sul, o que lhe há de mais representativo, nesta solenidade que homenageia a Ana Amélia.

Eu sintetizo a carreira da Ana Amélia como a de uma pessoa que demonstra que o trabalho é efetivamente uma das formas e talvez a mais trabalhosa, a mais difícil, mas a mais certa de ter prestígio em sua profissão. A Ana Amélia, desde os tempos de Rainha dos Estudantes até a posição que ela hoje detém no cenário político, jornalístico, social do País, foi sempre uma pessoa com uma carreira ascendente, sem o espetáculo estéril que dá prestígio por um dia e desmoraliza por um bom tempo.

Quando visito ou visitava, há mais tempo, Brasília, considerava e considero a RBS como um dos consulados do Rio Grande do Sul e Ana Amélia como sua embaixatriz. Talvez ela não se lembre, mas uma vez precisava mandar certos gêneros e, simplesmente, como não soubesse o endereço de nada lá em Brasília, apenas coloquei: "Escritório da RBS, Brasília", e depois pude constatar que, efetivamente, chegou, apesar de estar sem endereço! Com isso, pode-se constatar o prestígio que es­se escritório grangeou! Conto essas pequenas coisas porque as grandes coisas nós todos conhecemos e enaltecemos, que é a sua busca pela verdade, a busca do prestígio para o nosso Estado e hoje, à Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que representa a nossa Capital, a nossa comunidade, pode dizer, tranqüilamente, que esta é uma das suas Sessões mais importantes, nesta Legislatura, porque hoje homenageamos a honradez, nós homenageamos o talento, homenageamos o trabalho, tudo isso envolto numa bela mulher. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Luiz Braz, autor da proposição, que fala pela sua Bancada, o PTB e pelas Bancadas do PT, PCB e PL.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente da Câmara Municipal, Ver. Valdir Fraga, senhoras, senhores, meus amigos Vereadores e faço questão de citar duas pessoas, em especial, porque tenho certeza absoluta que estas duas pessoas representam muito para a Homenageada, a Jornalista Ana Amélia de Lemos. Uma destas pessoas não se encontra presente, tenho certeza absoluta, por motivo de saúde, o Professor Jornalista Alberto André, ele que é uma das pessoas que mais queria que este título fosse concedido para a Jornalista Ana Amélia de Lemos, e hoje o Alberto André está aqui representado pelo nosso amigo Jornalista Firmino Cardoso; também uma das pessoas que acho que muito influíram para que a Ana Amélia pudesse comunicar com tanta convicção as suas notícias, hoje, através da RBS, Professor Irmão Mainar Long, professor de Português da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e que, tenho certeza absoluta, fazem parte da vida da nossa Homenageada. (Lê.)

“A vida dos jornalistas aparece aos olhos de toda a gente como um castelo maravilhoso, iluminado pelos focos elétricos da publicidade e da fama. Mas os que mourejam na imprensa bem sabem o que ela é e o que ela vale”. Esta frase é de um dos maiores escritores da primeira metade de nosso século, Gustavo Barroso, que pode ter algumas das idéias contestadas, mas jamais poderá ser retirado do lugar que ocupa entre os grandes escritores de todos os tempos. No caso, Ana Amélia de Lemos, em especial, esta verdade custa a aparecer diante de nossos olhos, porque ela é uma pessoa que está sempre de bem com a vida, e os obstáculos que aparecem em seu caminho ela tenta retirar com o trabalho e a inteligência que não lhe faltam nunca. Nós, que somos também jornalista, fomos tentar averiguar um pouco desta verdade que, por ventura, estaria escondida sob a pele de uma mulher batalhadora, incansável, forte, destemida e disposta a enfrentar os perigos da profissão. Fomos conversar com ela e, nesta conversa amigável, sentimos que para as pessoas da têmpera de Ana Amélia o importante não são as luzes, a publicidade em torno do seu nome, o castelo maravilhoso que aparece diante dos olhos de todo mundo. O que importa para essa grande profissional é a verdade, é o compromisso que ela assumiu, há algum tempo, com um jornalismo sério, sem fantasias, exatamente dentro da realidade, que tem como seu suporte maior o saber. Ela não é alguém que incursiona às cegas por um terreno desconhecido, sem procurar saber dos segredos de onde ela pisa.

Amante do jornalismo, sabedora que o importante é a satisfação de se auto-realizar, abandonou um salário vantajoso a fim de iniciar-se na profissão que estava em seu próprio sangue. A sede que ela tinha de poder estar em contato com as notícias, com os meios de comunicação fez com que Ana Amélia aceitasse um salário reduzido no Jornal do Comércio. Mas era exatamente ali que ela sentia as suas grandes possibilidades de êxito. Confirmando minhas palavras anteriores, nossa homenageada buscou os conhecimentos indispensáveis para a profissão que queria abraçar. Dedicou-se com mais afinco aos seus estudos na FAMECOS, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Formou-se em jornalismo, e dali para frente era somente lutar para atingir o ideal.

Quanto mais uma pessoa se aperfeiçoa, tanto mais descobre as suas imperfeições. A humildade é o verdadeiro conhecimento do mundo. Sem humildade nenhum profissional, por melhor que seja, conseguirá atingir os patamares ideais de suas atividades. Foi assim que a nossa homenageada conseguiu prosperar, com humildade. Apesar de ser uma grande conhecedora das teorias da comunicação e de ter estudado com afinco as relações possíveis nesta aldeia global, Ana Amélia Lemos não podia admitir que a sua participação como repórter, no campo da economia, ficasse limitada aos conhecimentos jornalísticos que possuía. Ela tinha convicção que podia e devia ir mais além, e por isso mesmo, servindo-se da humildade que sempre habitou o seu coração e moldou o seu espírito, foi procurar os mestres do mundo econômico em nosso Estado. Pessoas como os irmãos Maisonnave, Péricles Druck, além de outros com conhecimentos notáveis no mundo das finanças. Neste relacionamento, ela aprendeu tanto sobre as variações acionárias, a guerra das moedas estrangeiras a fim de se manterem na elite de seu universo remunerado, a disputa dos mercados, nacional e internacional, que foi capaz de, durante uma entrevista com o imponente Ministro da Economia, Mário Henrique Simonsen, contrapor-lhe argumentos de acordo com os interesses econômicos do Rio Grande do Sul, deixando o Ministro numa situação difícil, mas dentro da realidade dos negócios que tinham que ser tratados com o nosso Estado.

Essa entrevista teve uma série de implicações na vida de Ana Amélia. Uma delas foi a observação que lhe fazia o então Governador do Rio Grande do Sul, Sinval Guazzelli, satisfeito pela linha da entrevista estabelecida pela jornalista. A satisfação do então Governador serviu para que nossa Homenageada deixasse bem claro à nossa sociedade que ela estava ali a serviço de um jornalismo sério, decente e bem orientado. A resposta de Ana Amélia ao Dr. Sinval foi mais ou menos esta: “Mas ele eu ainda consigo entrevistar”, fazendo alusão à atitude de Sinval, que se negava, constantemente, a fornecer maiores detalhes aos seus entrevistadores. Esta atitude sóbria de Ana Amélia chamou a atenção de todos os presentes, mas, em especial, de uma pessoa extremamente rica de sensibilidade, Maurício Sirotsky Sobrinho.

Quem não conheceu Maurício Sirotsky Sobrinho perdeu, sem dúvida nenhuma, o direito de falar sobre boa parte da história da comunicação no Rio Grande do Sul. Nunca é demais frisar que as comunicações em nosso Estado têm duas fases distintas. Antes de Maurício e após Maurício. O homem com toda aquela sensibilidade sabia muito bem que estava em Ana Amélia a grande chance de fortalecer na potente RBS um campo importantíssimo para o nosso mundo atual, o jornalismo econômico. Claro que quando Maurício a convidou ela não titubeou, pois de algum tempo para cá o sonho da maioria dos bons comunicadores é fazer parte deste grande sistema montado em nossa terra. Nossa Homenageada, que era correspondente de algumas empresas fora de nosso Estado, teve que abrir mão de um compromisso que tinha com todas elas, a fim de estabelecer um grande compromisso com a sua nova empresa. Ganhou a RBS, mas não se pode negar, ganhou também Ana Amélia.

Nos dias atuais ela vive em Brasília, como diretora da Sucursal da RBS. Dr. Otávio Cardoso, seu esposo, foi talvez um dos grandes responsáveis por este estágio, porque foi o primeiro a convidá-la para irem para Brasília, onde ele assumiria a Presidência da Caixa Econômica Federal. Mas, até neste momento, Ana Amélia colocou o seu amor ao jornalismo em um patamar mais alto. Para decidir se deveria ir ou não para Brasília, apesar de todo amor dedicado ao seu esposo, foi consultar aquele que era responsável pela arrancada final dentro de sua carreira. O Maurício novamente colocou à prova a sua sensibilidade. Ele sabia que havia surgido a grande oportunidade para iniciar uma nova fase dentro da sua empresa: a RBS, em Brasília, com uma espécie de Embaixatriz. Ana não seria apenas a jornalista, sua função seria muito maior. Os interesses do Rio Grande do Sul estariam sendo defendidos a partir desta Sucursal, e não poderia haver pessoa mais bem talhada para assumir a função. Hoje, este dia 27 será inesquecível para nós, de Porto Alegre, tanto para aqueles que aqui nasceram, como para os que, como eu, um dia chegaram. Nós temos incluída em nosso grande rol de personalidades homenageadas com o maior galhardão possível de ser oferecido por esta Câmara Municipal, o nome da Senhora Jornalista Ana Amélia Lemos. Muito obrigado.”

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Sr. Tarso Genro, Vice-Prefeito Municipal, representando, neste ato, o Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre Dr. Olívio Dutra.

 

O SR. TARSO GENRO: Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Valdir Fraga; Exmo Sr. Governador do Estado, Dr. Sinval Guazzelli; Exmo Sr. Dr. Gleno Scherer, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, personalidades através das quais saúdo as demais autoridades presentes na Mesa e no Plenário; meus senhores e minhas senhoras.

Representando, aqui, o Poder Público Municipal, eu cumpro não somente um dever legal, mas também um tributo da razão, um tributo do conhecimento formal do Poder Público da Cidade a respeito da trajetória de Ana Amélia.

Um dos grandes artistas contemporâneos disse, numa das suas mais belas e completas entrevistas, que nós vivíamos numa época da humanidade em que seria provável que todos nós poderíamos ser famosos por um dia. A ironia do artista era certeira e perfeita. A época dos grandes meios de comunicação, dos modernos meios de comunicação e de outra parte da faculdade e, às vezes, da gratuidade, da fama e do prestígio, uma época em que a imagem da pele que se apresenta na televisão, daquele que escreve para o jornal, torna-se tudo familiar para nós ou familiares nossos. Existem prestígios e prestígios, famas e famas, assim como existem rituais e rituais que são apenas manifestação de uma formalidade vazia, e existem rituais que são momentos constituintes solenes de um determinado conteúdo de verdade e de expressão humana na sua soberania, na sua grandeza e na sua densidade.

Quero dizer que este ritual que eu participo, representando o Poder Público Municipal, é um ritual cheio de um grande conteúdo, porque a Cidade homenageia uma jornalista que construiu a sua carreira com independência, com dignidade, probidade e com inteligência. Isto não é pouco, não é pouco não somente para a profissão de jornalista, não é pouco para qualquer profissão.

Eu creio que fazendo esta afirmativa e este reconhecimento estou dando o depoimento da Cidade a respeito da Homenageada. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador Luiz Braz, convidamos V.Exª para fazer a entrega do Diploma ou da Medalha, em nome do Legislativo e em nome da Casa. (Palmas.)

Concedemos a palavra à nossa Cidadã de Porto Alegre, Ana Amélia de Lemos.

 

A SRA. ANA AMÉLIA DE LEMOS: Exmo Sr. Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Governador Sinval Gua­zzelli; Dep. Gleno Scherer, Presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul; Dr. Deputado e meu amigo Tarso Genro, Vice-Prefeito Municipal e representando, neste Ato, o Sr. Olívio Dutra, Prefeito de Porto Alegre; meu amigo Ibsen Pinheiro, Líder da Bancada do PMDB na Câmara dos Depu­tados; Deputado, meu amigo, Luís Roberto Ponte; Prefeito da minha Cidade Lagoa Vermelha, Paulo Moyses de Andrade; Ver. Hélio Moreira, que re­presenta a Câmara de Vereadores do meu Município; Jornalista Fernando Ernesto Corrêa, Vice-Presidente e meu amigo da RBS; Jornalista José Antônio Vieira da Cunha, Secretário Especial de Comunicações; Jornalista Ênio Rockenbach, Vice-Presidente da Associação Riograndense de Im­prensa - ARI; Senhores Secretários do Estado, todos meus amigos; Pre­sidente da OAB; Presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul; meus amigos.

Hoje é um dia muito especial na minha vida, eu estou fe­liz e emocionada, mas, sobretudo, muito honrada com o título de Cidadã de Porto Alegre, a mais importante homenagem que a Câmara Municipal concede. Está nesta Cidade de tantos encantos e muitos problemas a maior parte da minha formação profissional e das minhas relações de amizade. Eu cheguei aqui, pela primeira vez, em 1954, pelas mãos generosas de Dona Rosita, que não está mais entre nós. E voltei para Lagoa Vermelha em 1958. Como todo jovem pobre do interior, em 1967 eu voltava para Porto Alegre para tentar vencer todos os desafios e abra­çar uma carreira que eu havia escolhido, como jornalista profissional. Sou, realmente, uma pessoa privilegiada, pelos amigos que tenho, pelo estímulo da família e pelo apoio da empresa onde eu trabalho há 13 anos. Procurei aproveitar, nestes 20 anos, todas as oportunidades que me ofere­ceram. Se não correspondi bem a todos não foi por falta de esforço e dedicação, mas por limitações pessoais e até alguma incapacidade.

O título que recebo, portanto, não é só meu, mas de todos que, de maneira direta ou indireta, colaboraram para que eu pudesse ter crescido, compreendendo e usando sempre a responsabilidade como fiel das minhas emoções e do meu desejo de justiça. Este é o melhor momento de agradecer aos meus professores do Grupo Escolar Argentina e Otelo Rosa, aqui de Porto Alegre, da Escola Presidente Kennedy, que na época era o grupo da sede, e da Escola Normal Rainha da Paz, em Lagoa Vermelha, e à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, onde fiz o meu curso de jornalismo. Quero agradecer ao ex-Governador Leonel Brizola, que me concedeu, em 1959, uma bolsa de estudos e permitiu a conclusão do meu curso secundário em regime de internato em Lagoa Vermelha, sem o qual eu não teria tido acesso à escola particular. Quero agradecer a todas as empresas por onde passei, antes de ingressar na RBS, à Caldas Júnior, à Secretaria do Planejamento, ao Jornal do Comércio, à Intermed, ao Correio da Manhã – que não existe mais, lamentavelmente, à Revista Visão, à Rádio TV Difusora, agora com outra razão social, das quais eu sempre recebi uma grande colaboração, respeito profissional e grande companheirismo. É hora de agradecer à RBS nestes 13 anos em que a mim confiou muitas missões e me deu grandes oportunidades de conhecer o mundo em coberturas internacionais de viagens oficiais de vários Presidentes da República e de nossos Governadores do Rio Grande do Sul. O título é também da RBS e de todos os companheiros que colaboraram para que esta convivência continue sendo tão fraterna e tão profissional, especialmente o meu amigo, que não está mais entre nós, Maurício Sirotsky Sobrinho, que me levou para a RBS e orientou a minha ação em Brasília, num atendimento de todos os interesses da co­munidade gaúcha, princípio, aliás, que a Direção-Geral da RBS, aqui representada pelo meu fraterno Fernando Ernesto Corrêa e pelo meu amigo Marcos Ramón, que fazem questão de continuar com grande obstinação. A presença de vocês dois, hoje, nesta cerimônia, me enche de alegria e renova este princípio de fraterna e profissional convivên­cia. Na pessoa de vocês agradeço a todos os colegas que me alegram com a sua presença e que me estimularam na convivência diária de nosso trabalho que, às vezes, é bom e que, às vezes, é bastante difícil. Ao nosso Prefeito de Lagoa Vermelha, Paulo Moyses Andrade; agradecer a todos os colegas jornalistas com os quais aprendi muito e com os quais convivi ao longo desses 20 anos de carreira, quero registrar a minha homenagem a eles na pessoa de Alberto André, que não está aqui presente nesta cerimônia, mas que representa, com toda a dignidade, a classe dos jornalistas; agradecer especialmente a centenas de amigos, razão suficiente para que eu continue sempre fazendo o melhor; agradecer à minha família pela vibração positiva nos acertos e o julgamento justo nos erros, de modo especial ao meu marido Otávio pelo carinho, pelo afeto, pelo aconselhamento nas horas amargas e pela alegria nas vitórias, pela amizade de companheiro que marcam as nossas relações de mútuo respeito em relação às idéias políticas. Agradecer, de modo especial, ao Ver. Luiz Braz pela iniciativa. Caro colega e comunicador, este é um presente de Natal antecipado. Recebo a homenagem num momento muito importante da minha vida e, especialmente, num momento de minha carreira de grande vitalidade, pelo menos para mim, num momento em que a maturidade assume o lugar dos arroubos dos jovens e a razão toma conta do lugar das emoções.

Espero, caro colega e Vereador Luiz Braz, com o meu trabalho, honrar sempre este título. Agradece,r também, a todos os Ve­readores que apoiaram com o seu voto esta homenagem, e ao Sr.Prefeito Municipal que sancionou o Projeto. Agradecer de maneira especial aos Vereadores Luiz Vicente Dutra, Letícia Arruda, Airto Ferronato, Artur Zanella, ao Vice-Prefeito e Deputado Tarso Genro pelas estimuladoras palavras e pelo carinho com que me trataram nesta cerimônia que marca a minha vida num momento extremamente importante. Aos Vereadores que tão autêntica e dignamente cuidam de nossa querida Porto Alegre, os meus votos que continuem a zelar para que nossa comunidade sempre e cada vez mais seja engrandecida pelo seu trabalho.

A todos os meus amigos que estão aqui presentes um obrigada de coração. (Palmas.)

(Não revisto pela oradora)

 

O SR. PRESIDENTE: Solicitamos à Verª Letícia Arruda e a Srª Cléia da Rocha que façam à entrega de buquês de flores à homenageada.

 

(É feita a entrega das flores.)

 

Com a palavra o Governador Sinval Guazzelli.

 

O SR. SINVAL GUAZZELLI: A amizade pessoal e a singular admiração que temos pela jornalista Ana Amélia de Lemos, de per si, já explicaria a nossa presença nesta Sessão Solene. Mas, considerando os inestimáveis serviços prestados pela nossa Homenageada, às causas rio-grandenses, creio que devo estar aqui, também, como Governador representando o nosso Estado para agradecer à Ana Amélia tudo isto. Sua dedicação permanente, mobilizada em suas potencialidades sempre à disposição das causas que dizem respeito com os interesses maiores da comunidade gaúcha. Creio que Ana Amélia cresceu juntamente com a sua empresa, a empresa em que trabalha, a RBS, porque se a empresa lhe abriu oportunidades novas em Brasília, lá Ana Amélia soube ocupar os espaços que lhe foram oferecidos para, com o seu trabalho, fazer ainda maior a empresa em que trabalha. Registro em Ana Amélia a sua retidão profissional. Retidão profissional que é uma decorrência de sua inteireza de caráter e que, por isso, sem dúvida alguma, merece por inteiro esta bela e tocante homenagem que hoje lhe presta o povo porto-alegrense, através de sua Câmara Municipal.

Nos associamos a esta bela e justa homenagem, seguros de que Ana Amélia haverá, em Brasília, de continuar este seu trabalho pelo engrandecimento de sua empresa e pelas coisas do nosso querido Rio Grande. Sou grato. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE: Acabamos de ouvir o Sr. Governador e podemos considerar esta homenagem como cumprida.

A todos aqui presentes, amigos de Ana Amélia, nossos cumprimentos. Todos somos seus amigos. Agradecemos às pessoas presentes e, em especial, um agradecimento à Homenageada Ana Amélia Lemos. (Sou grato.)

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Solene.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h30min.)

 

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